segunda-feira, 8 de junho de 2009

Borboleta...


"Aprendi a nunca pedir que me amasses e a nunca cobrar a distância. Aprendi novas formas de viver e de estar, de amar e de ser feliz...
...
Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã que acordares.
Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque sempre soube que ia ser assim. Guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.
Não acordaste, nunca acordavas, o teu sono embalava-me e eu sentia-me uma semente debaixo da terra a crescer em silêncio para a felicidade. E não pode haver amor mais certo do que aquele que nos faz felizes. É só deixar correr, como, afinal, tudo o que é verdadeiramente importante na vida."

Margarida Rebelo Pinto
"Vou Contar-te um Segredo"

Tal como diz Rita Lee numa das suas músicas "O amor vem de dentro e demora"... por vezes é-nos difícil compreender que amor é como uma borboleta, quanto mais tentamos alcançar mais ela se escapa entre os dedos. Mas... se a deixarmos voar quando menos esperamos ela pousa em nós...

Assim, o amor não é prender, não é sufocar mas sim soltar e deixar livre para que possa regressar com vontade, como quem busca algo que lhe é indispensável, que lhe mata a sede da boca seca, que lhe alimenta a alma e o reconstrói...
Amor é quando permitimos que seja o que quer ser, como quer ser e aceitámos-lo assim com tudo o que tem para nos oferecer...

A isto chamo "amor" essa palavra tão mal empregue nas bocas de quem a pronuncia em vão...


Li...

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