segunda-feira, 12 de abril de 2010

Balanço de vida...


Pedes-me um tempo,

para balanço de vida.

Mas eu sou de letras,

não me sei dividir.



Para mim um balanço

é mesmo balançar,

balançar até dar balanço

e sair..


Pedes-me um sonho,

para fazer de chão.

Mas eu desses não tenho,

só dos de voar.


Agarras a minha mão

com a tua mão

e prendes-me a dizer

que me estás a salvar.



De quê?

De viver o perigo.

De quê?

De rasgar o peito.

Com o quê?

De morrer,

mas de que paixão?

De quê?

Se o que mata mais é não ver

o que a noite esconde

e não ter

nem sentiro vento ardente

a soprar o coração...


Pedes o mundo

dentro das mãos fechadas

e o que cabe é pouco

mas é tudo o que tens.



Esqueces que às vezes,

quando falha o chão,

o salto é sem rede

e tens de abrir as mãos.


Pedes-me um sonho

para juntar os pedaços

mas nem tudo o que partes

e volta a colar.


E agarras a minha mão

com a tua mão e prendes-me

e dizes-me para te salvar.


De quê?

De viver o perigo.

De quê?

De rasgar o peito.

Com o quê?

De morrer,

mas de que paixão?

De quê?

Se o que mata mais é não ver

o que a noite esconde

e não ternem sentir

o vento ardente

a soprar o coração.

Li...

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